Após o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, admitir que era "provável" a prorrogação do desconto no IPI dos carros para 2014, a depender de decisão do Ministério da Fazenda e do cumprimento de metas fiscais, agora o chefe da Pasta que decide, Guido Mantega, afirma que o imposto será aumentado após o fim de 2013. A informação foi distribuída à imprensa na sexta-feira, 1º, pela Anfavea, a associação dos fabricantes de veículos, e pode funcionar para reaquecer as vendas de automóveis e comerciais leves, que de janeiro a outubro acumulam queda de 1,4% em relação ao mesmo período de 2012.
Com a informação de que o IPI voltará a subir, poderá haver aceleração dos negócios em novembro e dezembro, uma vez que o consumidores tentará fugir de possíveis aumentos de preços. A informação foi convenientemente distribuída após uma reunião de Luiz Moan, presidente da Anfavea, com o ministro Guido Mantega na tarde da sexta-feira, 1º, no escritório da Fazenda em São Paulo.
"O ministro revelou que o IPI será mantido no nível atual até o fim do ano e, a partir de janeiro, haverá elevação", disse Moan após o encontro. "Não sabemos ainda de quanto será esse aumento, se o imposto voltará ao patamar original ou se subirá um pouco menos", completou.
O IPI incidente sobre automóveis está atualmente em 2% para carros com motor até 1.0 (o normal é 7%), em 7% para modelos com propulsor flex de 1.0 a 2.0 (era 11%) e em 8% para veículos 1.0 a 2.0 a gasolina (era 13%).